29 de outubro de 2010

Cheyenne e eu.


Se é certo viver de impressão eu não sei, mas todo mundo vive assim!
Todo mundo te rotula quando te vê, quando te conhece, quando fala com você
Impressão, pra mim é afirmar uma coisa sem certeza, quando se sente algo mas não há quase nada que o torne convicto. Pelo menos era o que eu achava até o dia 05 de Abril de 1997... A primeira vez na vida que eu vi um bebê. Eu tinha 5 anos mas me lembro muito bem. Era um bebê branco como o leite mas avermelhado com uma cara de bichinho faminto de olhos azuis, até então eu também não tinha visto olhos tão claros num bichinho tão branco tão de perto. Eu me assustei! Perguntei para a minha tia quem deu aquele bichinho pra ela. Ela me disse que comeu qualquer coisa que fizesse a barriga dela crescer, crescer e crescer até o bichinho de olhos azul-marinho sair de lá chorando rios...
Eu fui crescendo e admirando aquele bichinho, o qual meu tio Steve deu o nome de Cheyenne! Cresci corrigindo quem chamasse o bicho de Chayene ou Chienne! NÃO É ASSIM! é C-H-E-Y-E-N-N-E!!! Onde já se viu chamar assim um bicho que agarra sapos de pelúcia e anda em triciclos em formato de sapato? Aquele bicho aprendeu a falar. Aprendeu a andar e foi minha melhor amiga até os 3 anos dele, e os meus 8 anos, respectivamente. Eu fiquei muito triste! E agora? De quem eu ia pentear os cabelo loiros incansavelmente de 82912412476 modos diferentes? Minha mãe me disse que um dia a gente se veria. E assim foi! Eu a vi uma vez à cada 2 ou 4 anos. E aquele bicho voltou falando espanhol! Então eu entendi que tinha que aprender espanhol pra falar com ele. E começou à andar para todos os lados com um livro de Villancicos espanhóis sob os braços como se quisesse ensinar um religião, da qual eu me converti facilmente. Eu amava tanto aquele bicho que a defendia todo e qualquer mal, ou pelo menos tentava. E quando não conseguia consolava quando ela chorava. Até que ela se foi mais uma vez, e eu fiquei só. Foi quando eu soube que o bicho queria que eu morasse com ela, no mesmo lugar que ela... Demorou um pouco, mas depois de um tempo foi possível. Daí pra frente os dias foram intensos! Segredos, fotos e internet regados à baguettes com queijo e refrigerante. Até que por um motivo qualquer, meu bicho se chateou comigo. Eu suportei calada, o quanto pude... Até que ela, do nada, de mim se despediu outra vez... Agora, a saudade nos dá 183971º tristeza. Mas espero que assim com das outras vezes, esse bicho de olhos azuis volte nem que seja por 3 dias e tudo volte à ser como antes.
Se as impressões são certas ou não... Nunca vou saber! Mas hoje e sempre a impressão mais certa do mundo é que eu sempre, SEMPRE vou amar você. AGNETHA & FRIDA até o fim de nossos dias.